quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Felizes ciclos!

"Penetrar até o fundo desta mulher triste,
 Descobrir a menina que sustenta esta mulher,
 A menina que não quer morrer,
 Que não morrerá senão comigo,
 A menina que todos os anos na véspera do Natal
 Pensa ainda em por seus chinelinhos atrás da porta."
 
       - livre adaptação de "Versos de Natal", do meu amigo de cabeceira Manuel Bandeira.   

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ciclos Renovados

    Muito além da forma do que seja a dança o movimento corporal quando amplia a consciência, pelas percepções de sentimentos e sensações, recorre às ondas que se renovam em cada ciclo da vida.
    Se a pessoa consegue deixar que os sentidos escorram, cheguem, voem e retornem, como as frágeis felicidades, sopros no ar por onde cada um trilha nos seus dias. E assim vai um ano, e chega outro. Corpo e mente integrados nas ondulações de desconstruir e construir formatos em seus ambientes externos, internos, e quem sabe? consiga até se desmanchar nos espaços secretos...São votos para o novo ciclo! Que chegue o 15!

(aquarela de Virgínia Costa para o livro "Meninos em terras impuras" publicado neste ano pela Florista Editorial)        

sábado, 11 de outubro de 2014

Nova apresentação Juju Carrapeta

Esta é uma personagem que tenho interpretado na dificuldade que é gerar alegria. São recordações que vão desde o circo de Ala Kazan ( só quem vive em São Luís conheceu sua galinha dançadora) até casos contados por minha tia avó Zenaide, lá no meio do centro histórico da cidade que hoje está caindo aos pedaços...
Quem quiser saber mais seguem as dicas...
Livraria Leitura Shopping da Ilha, sexta, dia 17 de outubro, 19 horas.
       Mundo Imaginário de Juju Carrapeta

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Juju Carrapeta



 A personagem do livro O Baile das Lavandeiras ganha vida própria com interpretação que constrói uma ponte entre o universo das tradições, contos, cantigas e linguagem atual do popular brasileiro. Formada em sua relação secular, a magia do drama e da gestualidade da transmissão oral com os casos secretos contados pela personagem Juju Carrapeta que liberta os espíritos das histórias da ilha Upaon-Açu, com Donana Jansen e a Serpente Protetora. 
Cada gesto, palavra ou ideia, sugeridas pelas crianças, são aproveitadas pelos intérpretes que improvisam tornando o espetáculo diferente em cada apresentação.  Um jeito de dizer que toda pessoa tem todo o tempo do mundo para rir, sonhar e se emocionar.
Pode ser conferido na Livraria Leitura São Luís Shopping, dia 10 de outubro, sexta, 19 horas. 
Convite para pequenos e grandes!

domingo, 21 de setembro de 2014

Meninos em terras impuras

       
Este ato cênico é para todo indivíduo, jovem ou não, que se sensibilize com propostas integradoras que possam alterar os rumos da vida neste planeta, na crença de que cada ser humano é um canal de vida e um potente processador ambiental, fortalecendo e enriquecendo a rede vital pela sua diversidade
         As intensas transformações que a humanidade vem sofrendo ao longo de sua existência acabaram por trazer para este século mazelas com as quais a sociedade atual tem de lidar. Diante disso, Júlia Emília propõe ao leitor uma reflexão sobre o papel do ser humano no contexto da natureza e da vida em comunidade. Pela linguagem da dramaturgia, a autora busca conversar principalmente com a juventude de hoje, conjunto de indivíduos que ela considera chave para a ressignificação das nossas relações com o planeta e com o outro à nossa volta.     
      Os desenhos de Virgínia Costa sugerem que nos voltemos para nossa origem, a nossa essência. A artista nos inspira a resgatar o olhar generoso sobre nós mesmos, perdido, talvez, na velocidade em que levamos a vida nesses dias contemporâneos.
       Para narrar uma fábula contemporânea sobre dois jovens que, ajudados pelos seus conhecimentos ancestrais sobrevivem ao alagamento da Ilha de São Luís, a ideia se baseia no singspiel, forma intermediária entre ópera e comédia, em que Bertold Brecht se apoia para criar seus curiosos musicais, a exemplo de A Ópera de Três Vinténs.
A trama geral envolve o feminino e o masculino como princípios da ordem do ser. Para balançar a alma do jovem público na construção das cenas estão presentes sonoridades atuais, com letras provocativas, constituindo para as dramaturgias a matéria de uma ampla concepção de mundo. Assim ocorre com o teatro didático brechtiano em que a música, em vez de apoiar, deve interromper a ação e nunca dificultar o entendimento do texto. A jovem plateia, em lugar de ser pressuposta como constituída por seres conhecidos e fixos, torna-se objeto de pesquisa, conjunto de seres em processo que estão habilitados para transformar o mundo.
Para além de ser lido, Meninos em terras impuras é um ato dramatúrgico para ser experimentado.  
A identidade da geleia geral brasileira se enriquece quando se agrega à noção de que somos uma etnia milenar. Acreditamos que as novas gerações, com a imaginação da liberdade, possam alçar esta cultura como esteio às ações dos sujeitos no universo.
    
                  Ficha Técnica
Autora: Júlia Emília
Ilustrações: Virgínia Costa
Edição: Luciana Figueiredo/ A Florista Editorial
Assessoria nos conteúdos: José Ribamar Martins, diretor do Centro de Cultura Oriental Ozaka, e Laís de Moraes Rêgo Silva, Mestre em Biodiversidade e Conservação.
Publicação: Livros Ilimitados Editora/Rio de Janeiro

Livraria Cultura (venda on line)



sexta-feira, 12 de setembro de 2014


Ideias e propostas no blog Overmundo

Artista

1985, "Bar do Porto", trabalho inicial Grupo Teatrodança

1998, "Bicho Solto Buriti Bravo"com Juliana Manhães 

Em 1974 "O Boêmio no céu", LABORARTE

Nos anos 1960 no palco do Teatro Arthur Azevedo
Júlia Emília nasceu em São Luís, em agosto de 1954, e cresceu em meio aos batuques populares e sapatilhas clássicas que as exigências determinavam. Educadora licenciada pela PUC/RJ, com formação diversificada passando pelos sistemas de Angel e Klauss Vianna, Ilo Krugli e seu Ventoforte, Tadashi Endo e butoh-ma, Eugenio Barba e Odin Teatret, e sendo Especialista em Reabilitação Motora permanece afinada com a Fondación Río Abierto nas visões sobre o movimento corporal.
Com o Grupo Teatrodança busca a corporeidade de ser brasileiro no corpo, na cena, na literatura, fundamentada nas raízes culturais, mas sem perder de vista as normas cultas e opta por formar multiplicadores entre segmentos excluídos.          
Suas criações, com aromas regionais, aproveitam a tradição popular mantendo os pés na atualidade, fusão de tons e ritmos com a densidade estrutural dos sistemas cênicos. A inquietude das suas propostas cênicas, com culturas tão diferenciadas encaradas como complementares, conceitua a estética de seus espetáculos e cursos livres.  Corpo como imperativo de autenticidade. Cena como condição para a discussão dos problemas coletivos.