terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Uma prece para corações cansados

        Uma prece que segue  para os corações cansados 
      
    Senhores, senhoras também, moços e velhos, grandes e pequenos, estamos neste planeta como seres humanos de boa vontade que têm plena certeza de que tudo está perdido, de que a vida é em vão e de que o amor é nada.
    Como o desespero se apossou das nossas almas? Talvez porque não estamos nos sensibilizando com propostas integradoras que possam alterar os rumos da vida que refulge em nossos corações. Somos uma geração que se repete como competitiva, em que poucos têm coragem para se posicionar contra a cultura dominante e se apegar aos seus referenciais como contribuição nesta proposta de valores universais. 
    E assim vamos ricocheteando violentamente nos opostos de dor e prazer sem nos atrevermos a começar a superar as tolices cometidas e colocar os pés de maneira firme no caminho que nos levará a uma felicidade duradoura.
   A experiência nos torna sábios. Não há nada proibido, não há punições, há apenas um momento e a vontade de saboreá-lo para responder ao chamado do que se passa em nossas almas. Somos abençoados porque estamos cansados de sentir a ignorância e o sofrimento se alastrando nas vidas. Digamos chega! Sejamos livres para retomar o caminho do espírito! 


Na intervenção que acompanha os lançamentos do livro Vivendo Teatrodança

domingo, 8 de novembro de 2015

Eis aí Ilhadas no FNT

Museu Casa de Nhôzinho, 07/08/2013

Museu Casa de Nhôzinho, 07/08/2013


Museu Casa de Nhôzinho, 07/08/2013

Galeria Trapiche, 01/08/2013

Galeria Trapiche, 01/08/2013

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Como não perceber um novo ciclo?!

            Porque estamos nos mantendo vivos em um planeta que de tão machucado se mostra cada vez mais hostil por conta de cultuarmos nossas individualidades.
           Ora, daí proponho práticas em que, além de convivermos conosco, despertamos para contatos com o Outro. A vida nem sempre é aconchegante mas a delicadeza nos redime ( Viva o adorável Mestre Gentileza, multi artista que escreveu e desenhou publicamente estas temáticas amorosas!).
          Persisto nas práticas denominadas "ser dançante no novo ciclo". Corpos humanizados, e felizes, aumentam humanidades para suplantar dificuldades absurdas.
         Convido para experimentarem!        
Eu e Thayliana Leite, os contatos são reflexivos

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Ventos fortes no bambu

     Chegar perto da técnica de Angel Vianna, no final dos anos 1970, foi decidir que minha vida seguiria caminhos que até então não me eram permitidos por serem considerados diferentes, estranhos, mas nos quais acreditava como proposta de um novo viver. Assim timidamente cheguei no Centro de Pesquisa Corporal Arte e Educação que me deixava tonta de tantas experimentações tão maravilhosas. Mas dedicada a apreender a não decorar passos fui correndo contra o tempo para que me surgisse um caminho que foi me levando a ficar cada vez mais próxima ao Sistema dos Vianna, Angel e Klauss, tendo ainda o Rainer como convivência jovial e irreverente.
     Agora 34 anos depois que voltei para São Luís meu sonho da conscientização corporal ser conhecida pelos maranhenses, nativos ou não, se realizou. Vejam como a consciência, que deveria ser expandida a todo momento, custa a ser aceita como primordial.
     O Grupo Teatrodança teve um aniversário divinal! É o que importa. Nosso grito de alerta foi ouvido, sentido, degustado, dançado, dramatizado, cantado, em suma compartilhado.
     Nossos agradecimentos aos cheiros e aromas do Programa O Boticário na Dança que (ainda) acredita em processos de sensibilização.            
Abertura do Seminário Corpo-Teatro-Dança, Escola Viva Água, momento da homenagem

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Os encantos de Angel Vianna que permanecem no Teatrodança


http://seminarioteatrodanca.wix.com/corpoteatrodanca

          Em 1978 quando cheguei no Centro de Estudos do Movimento e Artes fui recebida pela Mestra Angel Vianna do modo cativante e acolhedor como recebia os que tinham os pés fora do Rio de Janeiro, os estrangeiros brasileiros que ali estavam nos anos em que fervilhavam as tendências que rompiam com os academicismos.
          Cheguei sem saber como era e como fazer para conhecer as expressões corporais praticadas na escola de Angel e Klauss. Mas sabia que era permitido criar temáticas que incluíam as culturas brasileiras, e assim eu podia falar das minhas improvisações e deixá-las vir ao mundo.
          Como bem dizem os artigos publicados sobre o Sistema de Trabalho Corporal quando falam sobre ela. Angel Vianna é trans-formadora, plural e abrangente. Lúcida demais nos seus mais de 80 anos, atualíssima!
          Só ela, e somente ela, seria a melhor celebração para o Grupo Teatrodança por sermos seus praticantes convictos de que escolhemos o caminho que nos levará para essência do corpo dançante!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ilhadas

         "O lugar do teatro" é o tema do 22° FNT - Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, que acontecerá de 05 a 12 de setembro na cidade serrana cearense. Ao longo dos oito dias, mostras, debates, oficinas, cortejos, entre outras atividades, todas com acesso gratuito, acontecem em espaços diversos, como o Teatro Rachel de Queiroz (teatro pequeno), praças, escolas e outros locais da cidade. Com o tema desta edição, o FNT convida os participantes e o público a uma reflexão sobre o potencial do teatro para o desenvolvimento das cidades. 
     O universo feminino está presente em duas montagens da Mostra Nordeste: A Dona da História, da pernambucana Duas Companhias, uma comédia romântica de João Falcão sobre o tempo e os seus contratempos, que mostra uma mulher de meia idade conversando com seu passado, e Ilhadas, do Grupo Teatrodança, do Maranhão, onde as organicidades da atriz-dançarina apresentam o teatro do corpo para falar da violência contra o sentimento feminino.
      Ilhadas faz parte de uma trilogia que se propõe a constituir linguagem com a qual uma artista da cena começa a escrever sua própria história e sistematizar suas ideias, teorias, técnicas e análises, como meio de preservar sua memória e construir uma crítica que envolva diretamente a cena, investigando dramaturgias do corpo com matrizes das expressões populares maranhenses.  
      A terra pode ser distante da pessoa. Bertolt Brecht, em seu texto dramatúrgico A Mãe, no poema O Elogio da Terceira Coisa, diz como algo inerente pode unir duas presenças. A terra maranhense ainda possui os piores indicadores. Negligência, violência e exploração assassinam o feminino sagrado. A dor maior é a inocência perdida. São meninas que somem. São mulheres que choram. O sentimento feminino contra dor nas tradições brasileiras de lutas permanece no corpo e permite dar continuidade ao ato de viver. Esconjura no passe da mina. Cabeceia no miolo do boi. Sem medo, mulheres do mundo!         
     Lá vamos nós. Eu e a boneca minha companheira de trabalho desde 2011!       

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O turbilhão de um livro

Quando comecei a escrever o livro Vivendo Teatrodança, investigações da artista maranhense que faço questão de ser, não teria ideia de como passaria do estado contemplativo para a inserção no mundo.
Ontem, dia 15, na Livraria Leitura, foi decisivo. Na celebração com o público infantil, e como haviam crianças lá! de bebês a adolescentes bem críticos, fui chamada a dizer se vim e fico, ou se sou nuvem passageira. Canto quando falo e danço quando faço bordados.
Falar sobre processos criativos pode ser maçante se não estão conectados às sensibilidades que nos cercam. Daí meu compromisso com essa garotada. Estão alertas e não se achegam com mirabolâncias e discrepâncias. Chegam bem diretos. Implicam e adoram. Amargos e doces. Como viver. A personagem Juju Carrapeta só me lembra o escritor italiano Italo Calvino quando fala na leveza em suas propostas para o milênio. ...o salto ágil e imprevisto do poeta-filósofo que sobreleva o peso do mundo... Diz Calvino tornando quem escreve também um dançarino. Como somos educados para sermos pesados enquanto a impermanência do viver deveria nos deixar leves, soltos, livres!
É de meu gosto trabalhar para crianças. Quanto sou feliz e grata por Ilo Krugli por ter me colocado neste universo!
Juju Carrapeta, Livraria Leitura, lançamento

Serpente Protetora, Donana Jansen, Juju Carrapeta

Seres em profusão na Livraria Leitura
     

domingo, 7 de junho de 2015

Conectados nas diversidades de linguagens

                   Mais uma vez a capital maranhense abriga uma plataforma com múltiplas linguagens e criações.
                  Conexão Dança, na sua sétima edição, com apresentações, conversas, formações, fóruns e dança! Com participação atuante o Grupo Teatrodança participou com a oficina O sentido compartilhado, corpo, memória e texto, lançamento do livro Vivendo Teatrodança e apresentando o espetáculo Flores.
                 Que sejam longas as vidas da Conexão!  
     
Lançamento do livro, teatro da Cidade de São Luís, 1 de junho, Conexão Dança


Algo sem nome gera o orvalho e as virtudes, intervenção com Luciana Santos e Victor Vieira 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Flores SESC Palco Giratório

Trilhas tortuosas para publicações maranhenses, ufa!

         Em 2015 o Grupo Teatrodança celebra três décadas de trabalho continuado em suas produções artísticas e processos educativos.
         Iniciando a programação temos o lançamento do livro Vivendo Teatrodança, investigações de uma artista maranhense para crianças de qualquer idade, de Júlia Emília, aprovado em Edital de Publicação Literária, da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico-FAPEMA. 
         Participação especial de Eline Cunha, Luciana Santos, Sandra Oka e Victor Vieira em intervenções originais sobre suas relações afetivas com o Teatrodança e temáticas da nova investigação em processo.
         Aproveite, surpreenda-se e venha celebrar conosco!
        Quando? 26 de maio, terça-feira, 19 horas
        Onde? Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão
        Custo? R$20,00

        Contamos com sua presença e sua divulgação é vital para que tenhamos público!  

terça-feira, 28 de abril de 2015

Noção de corpo

                             Compartilhamento entre o Grupo Teatrodança e o Grupo Giradança pode ser visto como limites ultrapassados. 
                             Sentimos algo que ainda incomoda. Caso sejamos uma sociedade aberta aos que sejam corpos diferenciados dos que aceitamos como "normais" precisamos incluir exatamente o quê? Caso seja pensado antes a noção do que é este corpo precisamos incluir exatamente o quê? Porque a dança que é contemporânea inclui as contemporaneidades. E basta. 
                           Estamos resistindo nestas décadas com os limites do Teatrodança vazados para os seres que nos procuram tenham eles 2 cores, 4 pernas, 5 olhos, pouca grana, muito astral. Sem conversas plurais "Proibido Elefantes" e "Flores" são trabalhos grotescos. 
                          Viva! Bravo para Artaud, Gentileza, Bispo do Rosário, Dra. Nise, Julia Varley, Angel Vianna e sua Escola e Faculdade, María Adela Palcos e o Río Abierto, Graciela Figueroa e o movimento harmônico, e assim seguem as visões singulares...
https://www.facebook.com/grupoteatrodancama    

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Pensamento giratório...


Em intercâmbio com o Grupo Giradança, de Natal-RN, com Pensamento Giratório dentro do projeto Palco Giratório, através do SESC-MA, o Grupo Teatrodança apresenta Flores, no dia 26 de abril, 19 horas, no teatro do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. Recusa em chamar o teatro pelo nome que tem porque recebeu este nome por conta da oligarquia mandante. Proponho que receba outro nome!  

sexta-feira, 20 de março de 2015

O que faço

Nasci na Grande Ilha do Maranhão num agosto de 1954, em meio aos momentos turbulentos do suicídio de Getúlio Vargas. Filha de família intelectualizada tive um pé na sapatilha clássica e outro nos terreiros das culturas populares maranhenses, sem populismo postiço, mas buscando uma dramaturgia do corpo com matrizes das expressões populares.
Minha formação provém de um ambiente diversificado do qual fazem parte artistas e coletivos da educação, dança, teatro, literatura e vídeo, muitas vezes pioneiras em sistemas inovadores, com buscas que vem me permitindo contribuir para revelar as ações das mulheres que não dividem corpo e mente alinhadas com o mundo. Meu corpo fala de uma história feita de treinamentos, estudos, espetáculos, viagens, experimentações e encontros.

Fundei o Grupo Teatrodança, que dirijo desde então, focada na potencialidade da ação, o que me permite combinar a matéria estética e a noção de corpo em sua cena e pedagogia, sem vergonha de nascer em terra espoliada, de expor meus exercícios de aculturação, de registrar dramaturgias que nem sei se serão publicadas exatamente por acreditar que o texto eterniza a cena.
Aguardem o novo livro: Vivendo Teatrodança, investigações de uma artista maranhense para crianças de qualquer idade 
 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Vivendo Teatrodança

Livro in process


Como um coletivo artístico consegue sobreviver por mais de três décadas em um mercado ainda emergente para as artes cênicas? 
Estou sentada (muito doloroso ter um movimento novo, a quietude) produzindo este ensaio analítico que pretende demonstrar que as desilusões, mudanças, demandas, entusiasmos e modas do tempo não abateram a coletividade artística maranhense pela força de suas investigações, no caso o Grupo Teatrodança, na qual atuo e dirijo suas produções artísticas, e como educadora não formal em seus processos educativos.
A construção de dramaturgias do corpo como objeto de suas investigações explica a sobrevivência do coletivo artístico, configurando o erudito e o popular com a cultura que assume concepções complementares.
Aguardem lançamento.