Educadora licenciada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com formação diversificada passando pelos sistemas Angel e Klauss Vianna, Ilo Krugli e Ventoforte, Maria Adela Palcos e Río Abierto, Tadashi Endo e butoh-ma, Eugenio Barba e Odin Teatret. Especialista em Reabilitação Motora, atua e dirige o Grupo Teatrodança.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Recuperação do intestino aprisionado
Dançar, para mim, é estar em um lugar para entrar em contato com meus sentimentos através das percepções. Quando me vem na memória recente de temer o temeroso "Temer" tenho prisão de ventre, que não sei porque se chama assim pois quem fica aprisionado é o intestino.
Bloco.
Nada sai.
Horror retido.
Desbloqueado pela resposta do Museu de Alcântara. Respiração segue. Juju Carrapeta me faz rir.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Pensam que estamos ilhadas...mas não estamos!
O Grupo
Teatrodança conseguiu sobreviver por mais de três décadas em um mercado ainda
emergente para as artes cênicas por acreditar que as desilusões, mudanças,
demandas, entusiasmos e modas do tempo não abateram a coletividade artística
maranhense pela força de suas investigações. A construção de dramaturgias do
corpo, presentes nas cenas e nas pedagogias, como objeto de suas investigações
explica a sobrevivência do coletivo artístico, configurando o erudito e o
popular com a cultura que assume concepções complementares.
Falo do projeto intitulado Ilhadas, incluindo o espetáculo e a oficina, com as organicidades do teatro do corpo para falar da violência contra o
sentimento feminino, seja nos seres humanos ou não, nas identidades ou nos territórios. Parto de notícias impressas sobre tráfico e exploração sexual de meninas, infelizmente atualizadas ou a cada nova apresentação ou a cada oficina que coordeno, o que inclui o público na função dramatúrgica como elemento de ampliação da consciência social.
Comecei a pensar nas emergências em indagar quais materiais constituem os corpos múltiplos, por onde passam imagens e estados, que se constroem com expressividade máxima, quando reconheci o Magdalena Project, a rede dinâmica multicultural que oferece fórum de discussão crítica em plataforma como ambiente virtual para o trabalho de mulheres em artes performáticas.
Ilhadas faz parte de uma trilogia que se
propõe a descobrir uma linguagem com a qual exponho minha própria história e sistematizo ideias, teorias,
técnicas e análises, como meio de preservar a memória e construir uma crítica
com a cena coreográfica que envolva diretamente meu corpo, e os outros corpos, o que constituem as
dramaturgias com corporeidades das expressões populares maranhenses.
A terra pode ser distante da pessoa ou ficar encorporada. A terra em que nasci ainda vive com os piores indicadores políticos, sociais, econômicos. A cidade
de São Luís pode ser comparada ao sentimento feminino como uma cidade
negligenciada, explorada e violentada.
O que dói mais é a inocência perdida quando se expulsa o sentimento da compaixão da presidência do meu país. Momento para o sentimento feminino
contra a dor permanecer no corpo e permitir dar continuidade ao ato de viver.
Com razões concretas. Segue o link da recuperação do vídeo inicial, gravado por Giselle Brossard, no Manifesto dos 400 anos da cidade de São Luís, no Odeon Sabor e Arte. O projeto Ilhadas, espetáculo e oficina, segue suas trilhas por onde for aceito.
Cabeceando
no miolo do bumba-boi. Sem medo, meninas e mulheres do mundo!
E a trilogia seguirá porque estou, e estamos, prontas para a luta cotidiana!
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