quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Para Mateus

Mostra AMDA, 1982. Eu, Itaércio, Jorginho e Totó



Sentir-se como uma madeira que cupim não rói.

Pertenço à tribo que dança. O termo tribo remete às comunidades indígenas em que cultura e vida não são vistas como separadas. Assim, compreendo e exerço a vida. Viva Artaud!
 Este trabalho, apresentado na Mostra da Associação Maranhense de Dança, foi dedicado para Mateus, junto com as crianças que nasceram na mesma incerta época e que não sabíamos o futuro...Título: para quem fizer trinta no ano 2000    
    Será que conseguiram fazer do corpo um local que permite a energia circular e se movimentar pelos afetos que giram no mundo?

Passemos ao segundo instante.

Bordar a terra. Painel de "A terra chora"
 
A tessitura do material cênico sendo percebido como prática de improvisação associada à criação coletiva.
Só que a foto foi tirada pelo mesmo Mateus, o menino que esperava a finalização de ensaios, aulas, seminários, mostras, etc e tal, e continua como público em todos os espetáculos.
Por isso que cupim passa ao largo. Quando escolhi conjugar arte e vida, estética e política, e consegui manter a radicalidade de comportamento me sinto como Fogo. Entre o céu e a terra. A dança, o cuidado, o amor pelo mundo. Eu prefiro ser "uma metamorfose ambulante". Viva Raul!